Um cenário que sugere certeza e dúvida. Com o crescimento de João Campos (PSB) entre as duas pesquisas realizadas pela parceria Folha/Ipespe, abrindo 15 pontos percentuais de diferença para a segunda colocada Marília Arraes (PT), dificilmente o socialista não estará em um eventual segundo turno, no entendimento dos cientistas políticos ouvidos pela reportagem. Eles apontaram ainda que Marília, Mendonça Filho (DEM) e a Delegada Patrícia (Podemos) tendem a disputar até o último momento a outra vaga no pleito do dia 15 de novembro.
A cientista política e professora da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho), Priscila Lapa, enxerga a consolidação de João Campos (PSB) na liderança, e a possibilidade de que ele se aproxime dos 40% das intenções de voto até o final da campanha do primeiro turno.
“Isso por conta da grande mobilização das bases, que tem sido a tônica desta eleição. Havia a expectativa de que a eleição traria mais elementos do cenário nacional, com o embate entre direita e esquerda, mas isso não se concretizou. Se impôs a lógica da eleição municipal, que tem como agenda os temas da cidade”, afirma.
O cientista político e professor da Faculdade Damas, Elton Gomes acredita que “o comportamento eleitoral está se consolidando”, após o início da campanha de rua e do horário eleitoral gratuito , e, dificilmente, deve ocorrer algo que tire de João Campos uma das vagas no segundo turno.
"É difícil imaginar que ele possa perder 10 ou 15 pontos até o dia 15 de outubro”, pontua. A segunda vaga, no entanto, segue aberta. “Diante do quadro que se apresenta, existe uma probabilidade de que, até o último momento, não esteja claro se será uma candidatura de direita ou de esquerda que vai enfrentar João no segundo turno”, avalia.